A Polícia Federal afirma que Braga Netto entregou dinheiro a um "kid preto" em uma sacola de vinho.

Em sua delação, o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o repasse de dinheiro foi realizado ao major Rafael Martins de Oliveira, atualmente preso na Operação Contragolpe.

Em sua delação feita em 21 de novembro, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, revelou que o general Braga Netto entregou dinheiro em uma sacola de vinho para financiar ações golpistas. Cid afirmou que o montante foi destinado ao major Rafael Martins de Oliveira, preso na Operação Contragolpe, e identificado como parte do esquema.

“O general entregou diretamente ao então major Rafael de Oliveira o dinheiro em uma sacola de vinho, que seria utilizado para financiar as despesas necessárias para a realização da operação”, afirmou Cid.

A Polícia Federal considera que a declaração confirma o envolvimento direto e pessoal de Braga Netto no financiamento das ações ilícitas, reforçando sua participação significativa na execução dos atos criminosos, conforme destacado na decisão que determinou sua prisão preventiva no sábado, 14.

A investigação também revelou que o celular adquirido pelo major Rafael de Oliveira, usado na tentativa de golpe em novembro de 2022, foi pago em espécie em uma loja de Goiânia. Além disso, os chips utilizados pelos golpistas foram recarregados, igualmente em espécie, com créditos de R$ 20,00 poucos dias antes do evento. Para a PF, essas evidências reforçam o papel de Braga Netto no planejamento e financiamento de um golpe de Estado, com maior envolvimento do que se sabia inicialmente.